Expansão e desafios na mobilidade de São Paulo: tuneladoras, novas linhas de transporte público e obras de infraestrutura em destaque

São Paulo, a cidade mais populosa do Brasil, continua a passos lentos na melhoria do transporte público. Enquanto três tuneladoras trabalham incansavelmente debaixo do solo para a expansão do metrô, na superfície os avanços são mais tímidos. O ano de 2024 pode até trazer algumas inaugurações pontuais, mas a administração municipal, que enfrentará eleições em breve, mantém o foco no transporte individual.

A gestão atual, liderada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), planeja um grande investimento no recapeamento de ruas e avenidas, além de priorizar a expansão das vias exclusivas para motociclistas. No entanto, a entrega de terminais de ônibus e corredores de BRT foi adiada, deixando apenas um corredor exclusivo para o transporte público em construção, na zona leste da cidade.

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Essa redução na prioridade para o transporte público preocupa especialistas, como o engenheiro Sergio Ejzenberg, que afirma que a diminuição da frota de ônibus na cidade está contribuindo para uma piora na mobilidade urbana. Com menos opções de transporte público, a população acaba optando por meios de locomoção mais perigosos, como motocicletas e carros, resultando em um aumento no índice de mortes no trânsito.

Por outro lado, a expectativa da abertura de editais para a construção de novas linhas de metrô e trem pelo governo estadual pode trazer avanços significativos. A nova estação Varginha, que será o ponto mais ao sul do sistema metroferroviário da capital, está prevista para ser inaugurada no primeiro semestre de 2024, oferecendo uma nova opção de transporte para os moradores da região.

Além disso, o VLT de Santos deve ganhar uma extensão em sua linha, beneficiando cerca de 35 mil passageiros com 14 novas estações. E a Linha 11-coral da CPTM, uma das mais movimentadas, ganhará um novo trecho, ampliando o acesso ao transporte ferroviário na região.

Entretanto, a capital ainda enfrenta desafios na ampliação das ciclovias e ciclofaixas, planejando ultrapassar os mil quilômetros de extensão, e na conclusão de obras como o Corredor Metropolitano Itapevi, que tem apenas uma parte de sua extensão inaugurada até o momento.

Para fechar com chave de ouro, a prefeitura também planeja inaugurar o primeiro transporte público hidroviário de São Paulo, nas águas da represa Billings. No entanto, a data de inauguração ainda é incerta, mostrando que mesmo com algumas promessas de avanços, a cidade ainda tem um longo caminho a percorrer para resolver seus problemas de mobilidade urbana.

Portanto, o cenário para o transporte público em São Paulo ainda é desafiador, com a necessidade de maior investimento e planejamento para atender de forma eficaz às necessidades da população. Que 2024 traga não só inaugurações, mas também avanços concretos na melhoria da mobilidade na maior metrópole brasileira.

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