Mesmo com a nomeação de um oficial da Polícia Militar, o Capitão Guilherme Derrite, para chefiar a pasta da Segurança Pública, o aumento da criminalidade mostra-se avassalador e tem gerado medo entre os frequentadores da região central. A presença policial nas ruas também não tem sido eficaz em conter grupos como a “gangue da bike” e outros que têm como alvo celulares, resultando em cenas impactantes, como o ataque ao tradicional Bar Brahma.
As ações policiais na rua dos Guaianases, conhecido ponto de desova de aparelhos furtados ou roubados, não foram suficientes para combater a ação dos criminosos, que lucram com a venda ilegal desses objetos. Além disso, a concentração de dependentes químicos na cracolândia aumentou consideravelmente, o que também tem contribuído para a escalada da violência na região.
Entre os meses de agosto e dezembro, ao menos cinco pessoas foram assassinadas no centro, incluindo um policial militar de folga. Além disso, tiroteios tornaram-se frequentes na região, gerando um clima de insegurança. A cracolândia, local que tem sido apontado como um foco central da criminalidade na região, sofreu com a falta de soluções efetivas por parte das autoridades, resultando em uma situação de caos e descontrole.
A concentração de dependentes químicos nessa área tornou-se um problema de difícil resolução, sendo transferida de rua em rua, em uma dinâmica que varia de acordo com a vontade do poder público. Os usuários têm causado sérios transtornos para comerciantes e moradores, resultando em crimes, depredações e saques, além de gerar uma sensação de abandono para os habitantes da região.
A situação tem afetado negativamente a imagem da cidade e do estado de São Paulo, e as medidas adotadas pelas autoridades não tem surtido efeito significativo. A região central está cada vez mais violenta e a percepção é de que a criminalidade tornou-se estrutural, fazendo parte do dia a dia da região.
Diante desse cenário preocupante, comerciantes e moradores têm clamado por soluções para o problema das drogas e da violência. A Prefeitura de São Paulo e a Secretaria da Segurança Pública apresentaram algumas ações realizadas, mas a situação permanece desafiadora e sem uma resolução efetiva.
