Para facilitar o processo de recondução dos detentos durante a saída temporária, a SSP disponibilizou tablets com informações sobre as restrições durante o benefício, agilizando o trabalho dos policiais e evitando a necessidade de levar o preso até a delegacia para verificar possíveis descumprimentos das medidas.
Durante a saída temporária, os presos devem permanecer no endereço informado previamente à penitenciária e são proibidos de frequentar bares e casas noturnas. Este benefício é concedido a presos em regime semiaberto ou que tenham cumprido um sexto da pena se forem primários, ou um quarto da pena se reincidentes.
O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, comentou as prisões em uma postagem nas redes sociais, citando o caso de um preso flagrado vendendo drogas em Mogi Guaçu durante a saída temporária. Além disso, outras três prisões foram realizadas na região da cracolândia, onde os detentos foram flagrados com drogas.
A situação também chamou atenção para o problema do monitoramento dos detentos durante a saída temporária, como o caso de um condenado por tráfico de drogas detido enquanto andava de jet ski em uma represa de São Bernardo do Campo. O preso era monitorado por tornozeleira eletrônica, que emitiu um alerta de que ele havia saído do endereço informado ao presídio.
O secretário Derrite, que atua como relator de um projeto de lei que prevê o fim da saída temporária, tem seu nome cogitado para ser lançado como candidato à Prefeitura de São Paulo em 2024, conforme encomenda de pesquisa eleitoral feita pelo partido Progressistas.
Essas prisões durante a saída temporária levantam questões sobre o sistema penal e a possibilidade de revisão do benefício, sendo um tema relevante a ser discutido no meio político e jurídico. A eficácia do monitoramento eletrônico também é uma questão a ser considerada para evitar novos descumprimentos das medidas estabelecidas.