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Presidente do STF rejeita pedido da Defensoria para obrigar uso de câmeras corporais pela PM de São Paulo.

Presidente do STF rejeita pedido da Defensoria Pública para obrigar uso de câmeras corporais pela Polícia Militar de São Paulo

Neste sábado, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, negou um pedido da Defensoria Pública de São Paulo que buscava obrigar a Polícia Militar do estado a usar câmeras corporais. A intenção da Defensoria era reverter a decisão do Tribunal de Justiça que suspendeu a obrigatoriedade do equipamento, mas Barroso considerou que a ação apresentada não era adequada para alcançar esse objetivo.

Em sua decisão, Barroso enfatizou que a utilização de câmeras é importante e deve ser incentivada, porém, afirmou que não se justificava a intervenção urgente para suspender a liminar do Tribunal de Justiça. O ministro também apontou que aceitar o pedido da Defensoria teria implicações financeiras e operacionais complexas.

Além disso, Barroso destacou que o governo estadual estima um custo anual entre R$ 330 milhões e R$ 1 bilhão para implementar o uso das câmeras, o que também foi considerado na decisão. O presidente do STF salientou que não houve adequada representação processual por parte da Defensoria, pois não foi comprovado que a entidade tinha competência para atuar na representação.

Barroso ressaltou que a situação em São Paulo difere da do Rio de Janeiro, onde o STF determinou a instalação de GPS e câmeras corporais nas fardas dos policiais. Ele afirmou que, neste caso, é necessário aguardar a discussão nas instâncias judiciais próprias e que a análise por meio de Suspensão de Liminar é incabível.

A Defensoria Pública estadual e a ONG Conectas Direitos Humanos entraram com uma ação na Justiça pedindo a obrigatoriedade do uso das câmeras corporais, citando relatos de supostas execuções sumárias, tortura e invasões em Guarujá e Santos durante a Operação Escudo. Uma decisão de primeira instância chegou a determinar o uso das câmeras, mas o presidente do Tribunal de Justiça derrubou a decisão horas depois.

O governo estadual afirmou ao STF que há outras ações relacionadas ao uso das câmeras em tramitação na Justiça estadual e que está em diálogo para encontrar uma solução consensual. Com isso, a discussão sobre a obrigatoriedade do equipamento na Polícia Militar de São Paulo permanece em aberto nas instâncias judiciais.

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