Repórter São Paulo – SP – Brasil

CPI das ONGs foca em críticos de Salles e Marina e reproduz negacionista da crise climática em TV Senado.

A escolha é nossa. Podemos ouvir a agência meteorológica britânica (Met Office), como fez a Reuters, ou podemos ouvir um professor aposentado da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Luiz Carlos Baldicero Molion, como fez a CPI das ONGs e reproduziu a TV Senado.

Em uma reportagem de 3 minutos e 45 segundos, Molion negou tudo que o IPCC, painel científico da ONU e da Organização Meteorológica Mundial, diz há 35 anos. Segundo ele, a Amazônia não influencia o clima e a atmosfera é regulada pelos oceanos, não pelo CO2. Essas declarações foram muito bem recebidas por senadores ruralistas e mesmo pelo ex-ministro Aldo Rebelo.

E o cenário para 2024 não é nada promissor: o Met Office prevê que o próximo ano pode ser ainda mais quente do que 2023, o ano mais quente em 125 mil anos. Isso significa que o limiar de 1,5°C de aquecimento fixado como limite prudencial no Acordo de Paris (2015) deve ser cruzado.

Com isso, podemos esperar mais secas, mais chuvas intensas, mais ondas de calor, menos produção de alimentos, desmatamento e deslizamentos de terra. O rio Solimões, que costumava ser uma fonte de água potável, se transformou em algo parecido com o Saara, devido à seca.

Diante desse cenário, talvez seja a hora de repensarmos nossas atitudes em relação ao meio ambiente. Pode até ser complicado viajar menos de avião ou reduzir o consumo de carne, mas são medidas significativas de mitigação para a consciência do aquecimento global que está fora de controle.

Além disso, precisamos pensar em medidas de adaptação, como a instalação de sistemas de energia solar fotovoltaica e a compra de ventiladores e repelentes para enfrentar as condições climáticas extremas.

Isso tudo nos leva a uma reflexão sobre a necessidade de ações concretas em relação ao aquecimento global. Afinal, nossas futuras gerações serão as mais afetadas por essas mudanças climáticas. Então, que possamos encarar 2024 com coragem e determinação para enfrentar os desafios que a crise climática nos impõe. A escolha é nossa, e o ano promete ser desafiador.

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