Durante a entrevista, Ciro afirmou que se sentiu “asfixiado” por pessoas que ele lutou a vida toda e se viu fazendo tudo sozinho. O ex-ministro se referia ao movimento de apoio a Lula e ao uso da hashtag #tiragomes nas redes sociais, na tentativa de desestimular os eleitores de votar nele e incentivar o voto útil no ex-presidente petista para derrotar Jair Bolsonaro. Ciro classificou esse movimento como “terrorismo eleitoral”.
Além disso, Ciro criticou a atuação de artistas que apoiam Lula, mesmo diante de concessões feitas pelo Congresso nacional. Segundo ele, o apoio dessas personalidades para a destruição do país e a corrupção na política causou um grande constrangimento e perda do entusiasmo para disputar eleições.
O ex-ministro também fez duras críticas a Lula, por agravar a relação corrupta com o Congresso, o que, segundo ele, afasta líderes estudantis e sindicais das pautas políticas. Ciro ainda ressaltou que a manipulação das emendas parlamentares resulta na falta de renovação na política, afastando pessoas jovens e sérias do cenário eleitoral.
Ao longo da entrevista, Ciro Gomes criticou a atuação do governo federal em diversas áreas, como economia, meio ambiente, segurança, educação, tecnologia e política externa. Para ele, o Brasil está em decadência franca há anos, e as políticas públicas pouco mudaram desde a gestão anterior.
Além disso, Ciro não citou na entrevista a briga com o irmão, Cid Gomes, que tem planos de sair do PDT para se filiar ao PSB. A possibilidade de desfiliação de Cid Gomes gerou uma reação acalorada entre os dois, com troca de ofensas e ameaças de deixar o partido.
Depois de afirmar que dificilmente entraria em disputas novamente, Ciro reafirmou que não pretende mais disputar eleições no futuro. Ele encerrou a entrevista demonstrando que continuará lutando, mas não por meio de eleições. A declaração do ex-ministro abre caminho para especulações sobre seu futuro político e o impacto de sua decisão no cenário eleitoral brasileiro.