Laryssa Galantini, de 35 anos, era bióloga formada pela Unicamp e atuava como educadora e ativista ambiental na Chapada dos Veadeiros, em Goiás. Ela foi eleita para a Câmara Municipal de Alto Paraíso de Goiás em 2016, participando de um dos primeiros mandatos coletivos do país, ao lado de outros quatro ativistas. O Instituto Biorregional do Cerrado lamentou sua morte, destacando seu engajamento em movimentos feministas, causas relacionadas a crianças e adolescentes, e sua paixão por cogumelos e produção orgânica de cepas medicinais e comestíveis.
Mário André Machado Cabral, de 34 anos, era advogado e doutor em direito econômico. Com uma carreira acadêmica de quase 17 anos, Cabral se formou em direito na UFC, fez mestrado pela Universidade de Nova York e doutorado pela USP. Atuou como professor na Universidade Mackenzie e, antes de sua morte, foi selecionado para se tornar docente na FGV, onde iria iniciar o trabalho como professor de Direito dos Negócios em fevereiro.
As vítimas morreram após uma colisão entre duas lanchas próximo à ilha de Boipeba, em um trecho conhecido como Rio do Inferno. Segundo informações da Polícia Civil, o condutor de uma das lanchas foi preso em flagrante por apresentar sinais de embriaguez.
Uma mulher que estava desaparecida após o acidente foi encontrada com vida e resgatada para o Hospital Regional de Santo Antonio de Jesus, no Recôncavo Baiano, com o quadro de saúde estável. O piloto da lancha em que ela estava também foi gravemente atingido na colisão e está internado, mas sem risco de vida.
A tragédia comoveu amigos, familiares e instituições das vítimas, que destacaram suas contribuições e trajetórias. O acidente e suas consequências representam mais um alerta para a necessidade de responsabilidade e cautela no uso de embarcações e na prevenção de acidentes náuticos, especialmente em destinos turísticos como a região de Boipeba.