Brandani também comentou sobre as ações tomadas pelo Ministério da Justiça em parceria com os estados para combater as facções, como o isolamento das lideranças no sistema penitenciário federal e a separação das lideranças em unidades específicas nos estados. Além disso, destacou a importância da busca de equipamentos ilícitos dentro das unidades prisionais e a implementação de alternativas penais, como a monitoração eletrônica, o trabalho e a assistência social.
O Secretário ressaltou que tanto o Primeiro Comando da Capital (PCC) quanto o Comando Vermelho (CV) são facções que geram preocupação nacionalmente, e que o trabalho de mapear a atuação dessas facções é fundamental para o combate ao crime organizado. Ele abordou a questão da superlotação no sistema prisional e enfatizou a necessidade de investir em alternativas penais, como monitoração eletrônica e programas de emprego, para reduzir a população carcerária.
Brandani também respondeu sobre a recepção da esposa de um suposto líder do Comando Vermelho no Ministério da Justiça, destacando que a pessoa não tinha condenação à época do encontro. Ele ainda falou sobre a necessidade de padronizar condutas dentro das unidades prisionais e de investir em saúde e educação para os detentos.
Além disso, o Secretário abordou a reintegração social dos egressos, destacando a importância de estruturar fundos municipais de execução penal e fazer uma busca ativa das pessoas que serão liberadas da prisão. Ele também comentou a elaboração de um plano para a melhora do sistema prisional, após um pedido do presidente do STF, Luís Roberto Barroso.
No que diz respeito à privatização de presídios, Brandani considerou um assunto complexo, ressaltando que a decisão cabe ao governo estadual. Ele alertou para a capacidade financeira de certos presos em comprar empresas que privatizam presídios, preferindo não arriscar nesse sentido.
Rafael Velasco Brandani é formado em direito e tem especialização em direito penal e em gestão pública. Ele é policial penal de carreira e já ocupou diversos cargos relacionados ao sistema prisional no Maranhão. Estas informações foram transmitidas durante uma entrevista que destacou as preocupações e esforços do Secretário Nacional de Políticas Penais para melhorar o sistema prisional no Brasil.