Antônio Fellipe Rodrigues Salmento de Sá foi preso após prestar depoimento na Delegacia de Casa Amarela, onde negou as acusações. Segundo a defesa do suspeito, ele teria dado um “empurrão” na vítima após ela ofender e tentar tocar a esposa dele.
O delegado Diogo Bem afirmou que o suspeito negou ter agredido a vítima e portar uma arma. Testemunhas, no entanto, relataram que Antônio Fellipe estava armado no restaurante. A vítima alegou que estava saindo do banheiro feminino quando foi abordada pelo suspeito, que a agrediu após questionar o seu gênero.
O restaurante onde o incidente ocorreu afirmou que adotou providências para resolver a situação e que “não tolera qualquer ato de violência ou discriminação contra seus clientes”. O estabelecimento também se solidarizou com a parte agredida.
O suspeito teve a prisão mantida pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco e deverá ser encaminhado para o Centro de Observação e Triagem em Abreu e Lima, no Grande Recife. Segundo o delegado, Antônio Fellipe já tem passagens pela polícia por porte ilegal de armas e responde a um processo por violência doméstica, informações negadas pela sua defesa.
O mandado de prisão preventiva foi cumprido por lesão corporal qualificada e racismo transfóbico, uma vez que o crime se enquadra na Lei do Racismo conforme decisão do STF de 2019. Inicialmente registrado como lesão corporal, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Pernambuco encaminhou um relatório solicitando que a agressão fosse entendida como transfobia.
Este caso reforça a importância de combater atos de violência e discriminação, bem como a necessidade de se conscientizar a sociedade sobre o respeito à diversidade de gênero e a luta contra a transfobia. A prisão do agressor representa um avanço na busca por justiça e na promoção de um ambiente mais seguro e respeitoso para todos.