Grupo Transportes tem aumento de 0,77% em dezembro, contribuindo para inflação medida pelo IPCA-15

Os preços dos transportes tiveram um aumento significativo em dezembro, contribuindo para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) deste mês. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grupo Transportes passou de uma elevação de 0,18% em novembro para um aumento de 0,77% em dezembro, representando uma contribuição de 0,16 ponto porcentual para a inflação total de 0,40%.

A alta de 9,02% no preço das passagens aéreas foi o principal fator individual que contribuiu para o IPCA-15 do mês, somando 0,09 ponto porcentual. Em contrapartida, os combustíveis tiveram uma queda de 0,27% em dezembro, com a gasolina ficando 0,24% mais barata. Além disso, o etanol teve uma redução de 0,35% e o óleo diesel de 0,75%, enquanto o gás veicular subiu 0,08%.

No segmento de transporte urbano, o táxi teve um aumento de 0,83%, devido ao reajuste de 6,67% em São Paulo a partir de 28 de outubro. Já o ônibus urbano teve um aumento de 1,91%, influenciado pelo reajuste de 6,12% em Salvador a partir de 13 de novembro, bem como pela recomposição de preços em São Paulo.

Um ponto de destaque mencionado pelo IBGE foi a alta de 6,67% nos subitens trem, metrô, ônibus urbano e integração de transporte público em São Paulo, que haviam registrado uma queda de 6,25% no mês anterior, devido à gratuidade concedida nos transportes metropolitanos nos dias de realização das provas do Enem.

No que se refere à alimentação, o grupo Alimentação e Bebidas também teve um aumento de preços em dezembro, saindo de uma elevação de 0,82% em novembro para 0,54% em dezembro, contribuindo com 0,12 ponto porcentual para a taxa de inflação de 0,40% registrada pelo IPCA-15 neste mês.

Com um acréscimo de 0,55% nos preços, a alimentação no domicílio teve altas nos preços da cebola (10,63%), batata-inglesa (10,32%), arroz (5,46%) e carnes (0,65%). Por outro lado, houve diminuição nos preços do tomate (-7,95%) e leite longa vida (-1,91%). Já a alimentação fora do domicílio teve um aumento de 0,53%, com a refeição fora de casa subindo 0,46% e o lanche avançando 0,50%.

Esses dados do IBGE refletem os impactos dos preços dos transportes e alimentos na inflação, gerando preocupações em relação ao poder de compra dos consumidores. A tendência para os próximos meses ainda é incerta, com possíveis reflexos no orçamento das famílias.

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