Dólar atinge máxima de R$ 4,8520 em meio a avanço dos juros e demanda por remessas de fim de ano

O dólar atingiu uma alta de R$ 4,8520 no mercado à vista, com um aumento de 0,40% em relação à moeda americana. Segundo o head da tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, essa aceleração do dólar está relacionada ao avanço dos juros dos Treasuries, após os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA terem ficado um pouco acima do esperado. Além disso, Weigt observa que empresas estão comprando mais dólares para remessas de fim de ano, o que contribui para a briga entre bancos em torno da Ptax, influenciando nas janelas de negociação.

De acordo com Weigt, tanto compradores quanto empresas estão puxando o dólar para cima a fim de otimizar suas posições cambiais em dólar spot e papel moeda. Ele também destaca que as empresas estão utilizando a Ptax para ajustar seus balanços corporativos de fim de ano. Em relação às medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Weigt acredita que elas não terão grande impacto na taxa de câmbio, apesar de o ministro ter afirmado que essas medidas não vão melhorar o resultado primário projetado, mas sim repor a perda da arrecadação.

Em relação à movimentação do mercado, Weigt destaca que a curva de juros futuros está subindo, acompanhando os Treasuries e se ajustando à inflação interna, que está mais elevada do que o esperado. Às 11h17 de quinta-feira, o dólar à vista estava com uma alta de 0,26%, chegando a R$ 4,8445. No entanto, apesar dessa alta, a moeda americana acumulava uma perda de cerca de 1,4% no mês e cerca de 8,2% em 2023. O dólar para fevereiro de 2024 também subia, alcançando R$ 4,8620.

Dessa forma, o mercado cambial segue volátil e sujeito a diversos fatores internos e externos, mostrando a importância de acompanhar os desdobramentos da economia e as decisões dos agentes financeiros.

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