Esses números representam um recorde na série histórica do país, com a maior quantidade de óbitos anteriormente registrada em 2022, com 1.053 casos, e em 2015, com 986 mortes. A situação atual levanta preocupações sobre a capacidade do sistema de saúde brasileiro para lidar com a epidemia de dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos.
Diante desse cenário alarmante, o Ministério da Saúde manifestou que tem se antecipado diante do previsto aumento de casos. Cerca de 11,7 mil profissionais de saúde foram capacitados ao longo de 2023 para manejo clínico, vigilância e controle das arboviroses, que são infecções causadas por vírus transmitidos principalmente por mosquitos.
Em termos de investimento, o Ministério da Saúde anunciou a alocação de R$ 256 milhões no fortalecimento da vigilância das arboviroses. A pasta também incorporou a vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS), embora tenha sido informado que a vacinação não será realizada em larga escala inicialmente. O laboratório fabricante da vacina, Takeda, afirmou ter uma capacidade restrita de fornecimento de doses, o que resultará na concentração da vacinação em públicos e regiões prioritárias, com definição de estratégias de utilização das doses disponíveis previstas para ocorrer nas primeiras semanas de janeiro.
Diante dessa crise de saúde pública, a população é instada a redobrar a atenção aos sintomas iniciais da dengue e buscar imediatamente os serviços de saúde ao apresentá-los. O Ministério da Saúde destaca a importância da colaboração de todos na prevenção e no controle da propagação dessas doenças, uma vez que a gravidade da situação exige uma resposta coletiva eficiente e urgente.