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Secretário-executivo do Ministério da Justiça afirma que prisão de miliciano não encerra trabalho e abre novas possibilidades de investigação.

O Ministério da Justiça, por meio do secretário-executivo Ricardo Cappelli, anunciou nesta terça-feira (26) que a prisão do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, também conhecido como Zinho, marca o início de uma série de investigações para identificar possíveis conexões políticas e financeiras das organizações criminosas com as quais o criminoso teve envolvimento. Após se entregar à Polícia Federal no domingo (24), Zinho, que estava foragido desde 2018 e tinha 12 mandados de prisão em seu nome, é apontado como o maior chefe de milícia do Rio de Janeiro.

Cappelli ressaltou que a prisão de um líder criminoso não encerra o trabalho, mas abre a oportunidade para novas possibilidades de investigação. O secretário destacou a importância de desmontar as conexões políticas e financeiras das organizações criminosas para devolver a autoridade sobre o território ao Estado e à população. Além disso, Cappelli mencionou a iniciativa do Ministério da Justiça de pagar recompensas em dinheiro a quem fornecer informações relevantes que levem à elucidação de crimes e à prisão de pessoas procuradas.

A portaria assinada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, prevê o pagamento de recompensas com valores entre R$30 mil e R$100 mil, levando em consideração diretrizes como a gravidade do crime, eficácia da informação para a resolução do fato e risco à vida e integridade física do informante. Cappelli enfatizou que os valores pagos terão por base critérios técnicos e parâmetros definidos pelas autoridades, seguindo as melhores práticas internacionais.

Em relação aos recursos a serem utilizados para o pagamento das recompensas, o secretário afirmou que será necessário analisar tecnicamente a possibilidade com base nos recursos públicos disponíveis, incluindo o Fundo Nacional de Segurança Pública. Cappelli ressaltou que o pagamento dessas recompensas é uma questão técnica que será definida de forma cuidadosa pelos principais especialistas do ministério.

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