Mercado financeiro reduz pela terceira semana consecutiva previsão para inflação em 2023 e 2024; mantém estabilidade para PIB e câmbio.

O mercado financeiro teve uma nova redução nas previsões para a inflação oficial do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pelo terceiro consecutivo. Segundo o Boletim Focus divulgado nesta terça-feira (26), a previsão é que o ano feche com uma inflação de 4,46%, enquanto que na semana anterior a expectativa estava em 4,49%.

O Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC), apresenta as expectativas das instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. A constante redução nas previsões não se limita apenas a 2023, mas também para 2024, já que a expectativa para o próximo ano é de que termine com uma inflação de 3,91%, enquanto que na semana anterior era de 3,93%.

Porém, vale ressaltar que a estimativa para 2023 está acima do centro da meta de inflação estipulada pelo Banco Central em 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros (Selic) como principal instrumento, tendo já definido a taxa em 11,75% ao ano para 2023 pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O mercado financeiro projeta que a Selic encerrará 2024 em 9% ao ano, ante a previsão da semana anterior que era de 9,25%. Para os anos de 2025 e 2026, a previsão é de que a Selic fique em 8,50%.

A previsão do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) se manteve estável em 2,92% para 2023, mas a expectativa para 2024 é de um crescimento de 1,52%. Já para a cotação do dólar, a expectativa é de que a moeda norte-americana feche 2023 em R$ 4,90, em comparação com a previsão da semana anterior que era de R$ 4,93. Para 2024, a projeção é de uma cotação de R$ 5. Para os anos subsequentes, o mercado prevê cotações a R$ 5,05 e R$ 5,10 em 2025 e 2026, respectivamente.

Portanto, as projeções do mercado financeiro mostram um cenário de redução das expectativas tanto para a inflação como para a taxa de câmbio, mas um leve aumento nas previsões de crescimento do PIB. E tudo isso impacta diretamente nas decisões do Banco Central em relação à política monetária do país.

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