Os dados apontam que houve uma aceleração do índice relacionado a Materiais, Equipamentos e Serviços, que passou de -0,12% para 0,28% em dezembro, enquanto a Mão de Obra teve uma desaceleração, passando de 0,42% para 0,23%. A variação dos materiais e equipamentos foi de -0,17% para 0,30%, com destaque para os materiais para instalação, que passaram de -1,24% para 1,09%.
Dentre as influências que contribuíram para o aumento do INCC-M em dezembro, destacam-se os tubos e conexões de PVC, blocos de concreto e elevadores. Por outro lado, os itens que contribuíram para a diminuição do índice foram vergalhões e arames de aço ao carbono, vidros e esquadrias de ferro.
A pesquisa também analisou a variação do índice nas sete capitais brasileiras. Seis delas apresentaram acréscimo nas suas taxas de variação: Brasília, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo. Apenas Salvador registrou uma desaceleração no período.
O resultado do INCC-M em dezembro reflete um cenário de pressão sobre os custos da construção, influenciado pela variação dos preços de materiais e serviços. As expectativas para o setor da construção civil em 2021 continuam sendo impactadas por diversos fatores, incluindo a recuperação econômica pós-pandemia e as oscilações nos preços dos insumos e da mão de obra.
Ainda assim, a expectativa é de que o setor contribua para a retomada do crescimento econômico do país, impulsionado pelo aumento do investimento em infraestrutura e a continuidade de programas governamentais de incentivo à construção civil.