Após se formar em engenharia agrícola na Esalq, começou a estagiar na unidade de Jundiaí do Instituto Agronômico, onde desenvolveu uma carreira de 30 anos de pesquisa, experimentos e contribuições significativas para o setor.
Muitas variedades de frutas nasceram das pesquisas de Martins, incluindo a nectarina centenária, a ameixa gema de ouro e o morango guarani. Suas contribuições não ficaram restritas ao Brasil, pois viajou o mundo ensinando, aprendendo e escrevendo livros sobre fruticultura.
Além disso, Martins ajudou a combater uma praga que ameaçava os vinhedos da região e recentemente decidiu doar suas publicações à Escola Agrícola de Jundiaí para incentivar novos estudos na área.
Com uma vida marcada pela paixão pela agricultura e pela ciência, Martins também tinha outros interesses, como a fotografia de trens e frutas. Ele tinha uma vasta coleção de fotos de locomotivas e vagões e gostava de fotografar frutas em mercados e feiras livres.
Fernando Picarelli Martins é lembrado não só por suas contribuições para a fruticultura, mas também como um homem comprometido, determinado e apaixonado pela vida. Sua história de amor com sua esposa, Penha Maria Camunhas Martins, iniciada em 1963, resultou em mais de 60 anos de cumplicidade e cinco filhos.
Seu legado inclui suas contribuições para a ciência, agricultura e fotografia, deixando um impacto significativo em todos esses campos. Sua morte é uma perda lamentável para a comunidade agrícola e científica do Brasil, e ele será lembrado com carinho por familiares, amigos e colegas de profissão.