Julio Lancellotti, além de ser presbítero, é pedagogo e é reconhecido por sua atuação em prol das pessoas em situação de rua em São Paulo, assim como outras minorias sociais, como a comunidade LGBTQIA+. Ele também ficou em destaque por sua oposição ativa a medidas aporofóbicas na capital, como a instalação de peças de concreto para impedir que pessoas em situação de rua permaneçam embaixo de marquises, calçadas ou viadutos. Aporofobia é o termo usado para descrever a aversão aos pobres.
A ação contou com a presença de diversas figuras comprometidas com a causa, como o sheik Rodrigo Jalloul, do Centro Islâmico da Penha. Lancellotti enfatiza a natureza coletiva da ação, destacando que, apesar das diferentes crenças religiosas dos participantes, a iniciativa é ecumênica, focada em se aproximar daqueles que estão em situação de vulnerabilidade, especialmente em uma data festiva como o Natal.
O padre ressalta que, para ele e outros envolvidos, essa não é uma simples ação de trabalho, mas sim uma convivência de 40 anos, que tem evoluído de acordo com as necessidades das pessoas atendidas. Ele expressa esperança de que a realização de ações como essa se torne cada vez menos necessária, sinalizando uma melhora na situação daqueles que enfrentam fome e privações.
Quando questionado sobre o plano nacional anunciado pelo governo federal recentemente para a população em situação de rua, Lancellotti enfatiza sua importância, mas ressalta que também depende da reação das prefeituras municipais. Ele menciona a iniciativa Ruas Visíveis, que irá disponibilizar R$ 1 bilhão para esse fim.
Com informações do repórter Lincoln Chaves, da TV Brasil.