Este ano é especialmente significativo, pois marca os 800 anos do presépio criado por São Francisco na floresta de Greccio, que transformou profundamente a maneira como o Natal e o mistério da Encarnação de Cristo são celebrados, assim como ressaltou o Papa Francisco: “O Presépio é como um Evangelho vivo… convida-nos a nos colocarmos em um caminho espiritual, atraídos pela humildade de Cristo, que Se fez homem para se encontrar com todos nós.”
Na Paróquia São Sebastião, em Rio Grande da Serra, essa rica tradição foi mantida com a “I Mostra de Presépios”, organizada pelas irmãs Franciscanas de Cristo Rei. Irmã Vanderleia de Mello, na região há mais de 30 anos, partilhou: “Em comemoração aos 800 anos do Presépio de Greccio, surgiu a ideia de criar presépios com a comunidade. Cada um utilizou técnicas diferentes e temas variados, resultando em um trabalho encantador.”
Todas as doze comunidades da matriz paroquial contribuíram, cada uma montando seu próprio presépio, muitos utilizando materiais recicláveis e tecidos. O bispo Dom Pedro Carlos Cipollini, ao visitar a mostra na manhã em que dedicou a matriz paroquial a Deus, expressou grande felicidade e apreço por cada presépio elaborado.
Historicamente, as representações do presépio evoluíram desde o século IV no Oriente Médio, incluindo inicialmente a Sagrada Família, o jumento e o boi. Com o tempo, foram acrescentados os magos, anjos, pastores e a estrela do Natal. Tradicionalmente, os presépios são montados no início do Advento, e a imagem do Menino Jesus é colocada na manjedoura na noite de 24 de dezembro, permanecendo até a Epifania.
A celebração dos 800 anos do primeiro presépio de São Francisco de Assis, juntamente com a “I Mostra de Presépios”, reafirma a relevância do presépio como uma expressão de unidade profunda. Essa tradição perpetua os valores essenciais de amor, humildade e comunhão, fundamentais para a fé católica, destacando-se contra o consumismo e a busca por bens materiais na sociedade moderna. Assim, o Natal e seus símbolos continuam a ser fundamentais para a compreensão do mistério da Encarnação e do Nascimento de Jesus, mantendo-se como parte vital do “patrimônio espiritual cristão”.
