Presidente Lula determina medidas de proteção aos Yanomami e combate ao garimpo ilegal em reunião ministerial

Em reunião ministerial realizada na última sexta-feira (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que órgãos federais irão reforçar as medidas de proteção ao povo indígena Yanomami e intensificar a luta contra o garimpo ilegal em Roraima e Amazonas. O encontro teve como objetivo fazer uma avaliação das ações implementadas nos dois estados em 2023, com foco na proteção dos povos indígenas, considerada uma das prioridades do governo.

Participaram da reunião os ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio de Almeida, da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, além das ministras do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, juntamente com representantes do Ministério da Saúde, das Forças Armadas, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Casa Civil.

Em relação ao balanço de 2023, o governo federal anunciou que foi identificada uma situação sanitária e nutricional grave entre a população Yanomami. Dentre as medidas tomadas, foi criado o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE- 6 Yanomami), coordenado pelo Ministério da Saúde. Os números apresentados mostram que houve 13 mil atendimentos de saúde, envio de 4,3 milhões de unidades de medicamentos, aplicação de 52.659 doses de vacinas, mobilização de 1.850 profissionais de saúde e a compra de 5 mil kits de casas de farinha, facões e outras ferramentas para abrir novas roças.

Além disso, o espaço aéreo da Terra Indígena Yanomami foi controlado para combater voos clandestinos e o suprimento do garimpo, resultando na apreensão de 164 pessoas e 36.645 cestas de alimentos transportadas. Em relação às ações da Polícia Federal, foram deflagradas 13 operações, resultando na prisão de 175 pessoas em flagrante e no confisco de R$ 589 milhões em bens.

Uma das maiores operações, conhecida como Buruburu, desarticulou um esquema de logística aérea utilizado pelos garimpeiros, resultando no bloqueio de quase R$ 308 milhões dos investigados. Já a Polícia Federal inutilizou 88 balsas, 12 aeronaves, 35 embarcações, 357 motores, 74 geradores de energia, 31 motosserras, 450 barracas de acampamento, além da apreensão de 10 aeronaves, 37 armas de fogo, 874 munições e 205 aparelhos de celular.

O Ibama também participou das ações com a Operação Xapiri, focada no combate aos crimes ambientais. As ações resultaram no ataque aos garimpos ativos, na interrupção das principais rotas comerciais e na realização de incursões em garimpos ativos, bloqueio fluvial dos rios Mucajaí e Uraricoera, e fiscalização do comércio de combustível de aviação.

Portanto, as ações do governo federal indicam um esforço considerável na proteção e defesa do povo indígena Yanomami, bem como no combate ao garimpo ilegal nos estados de Roraima e Amazonas.

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