Concurso de fetiches em casa noturna de São Paulo reúne performances controversas e coroa vencedor.

O Mister Fetish é uma competição de performances fetichistas que teve sua primeira edição brasileira concluída na madrugada deste sábado (23). O evento foi realizado no Augusta Hi-fi, casa noturna localizada no centro de São Paulo, e contou com a participação de cinco concorrentes, incluindo Lady Brigitte.

A atmosfera durante o concurso era tensa, com o público, em sua maioria formado por adeptos do fetiche, criando um ambiente de intensa excitação. O evento contou com apresentações que envolviam práticas como dominância, pet play e exibições de truques típicos do universo fetichista.

Lady Brigitte, uma das concorrentes, era a única mulher a participar da competição, o que destacou a característica majoritariamente machista desse cenário. Durante sua apresentação, Lady Brigitte impressionou o público ao demonstrar total domínio sobre sua escrava, Dandara, em uma performance que incluiu chicoteamento e humilhações.

No entanto, apesar de Brigitte ter se destacado, foi Robert Leather quem conquistou a aclamação da plateia e tornou-se o grande vencedor do concurso. Sua apresentação, que incluiu enforcamento, espancamento e humilhações verbais, recebeu grande aprovação do júri e do público presente, consolidando sua vitória.

Durante o intervalo do concurso, membros da comunidade fetichista puderam desfrutar de outras atividades, como desfiles de ursos, que são gays parrudos e peludos, e um ambiente de dark room no subsolo da casa noturna. Esse contexto refletia a diversidade de práticas e preferências presentes na comunidade fetichista.

Após o encerramento do concurso, a madrugada continuou com celebrações e festas, refletindo a libertina natureza desse universo. O vencedor declarou que a libertinagem deveria continuar até que todos estivessem satisfeitos, e uma suruba foi organizada em um apartamento próximo ao local do evento.

O Mister Fetish demonstrou a diversidade e complexidade da comunidade fetichista, proporcionando um espaço para expressão e celebração de práticas que muitas vezes são marginalizadas pela sociedade. A competição refletiu a busca por reconhecimento e visibilidade dentro de um cenário frequentemente estigmatizado, destacando a importância da representatividade e do respeito à diversidade de desejos e preferências sexuais.

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