Haddad disse acreditar que, a curto prazo, a decisão de retirada será revista pelo próprio setor, pois trará benefícios à agricultura. Ele destacou que o mercado de carbono é essencial para o sucesso econômico do país, já que a falta de atenção à preservação dos biomas poderia resultar em barreiras comerciais contra produtos brasileiros.
O ministro também abordou a aprovação da regulamentação das apostas esportivas, que está aguardando a sanção presidencial. Haddad considerou a medida importante não apenas para aumentar a arrecadação, mas também para prevenir fraudes e manipulações de resultados. Ele mencionou a prisão de diversos influenciadores digitais envolvidos na promoção de jogos online nos últimos dias.
Em relação ao corte de cerca de R$ 6,3 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Orçamento do próximo ano pela Comissão Mista de Orçamento, Haddad disse que poderá haver a recomposição das verbas durante a execução do Orçamento. No entanto, ressaltou que isso dependerá de aumentos na arrecadação ou de diminuição nos gastos obrigatórios.
O ministro observou que o aumento das emendas impositivas é reflexo de uma nova dinâmica na relação entre o Executivo e o Legislativo, que requer responsabilidade para ser administrada, considerando a autonomia dos Poderes. Haddad explicou que essa realidade desafiadora na dinâmica orçamentária e na vinculação de despesas precisa ser enfrentada de maneira adequada.
Assim, o potencial de ganhos com a inclusão no mercado de carbono, a regulamentação das apostas esportivas e os cortes no PAC foram os principais temas abordados pelo ministro da Fazenda em café da manhã com jornalistas. Haddad ressaltou a importância dessas questões para a economia do país e enfatizou a necessidade de lidar com a nova dinâmica na relação entre os Poderes.