No entanto, no município de Rio Grande da Serra, a maioria da população se declarou preta ou parda, com cerca de 56,65% da população, enquanto em Diadema, esse grupo étnico representa 53,9% dos 393.237 moradores. Outras cidades da região também apresentaram uma representação significativa de pretos e pardos, como Mauá (49,15%), Ribeirão Pires (42,16%), São Bernardo (39,41%), Santo André (33,44%) e São Caetano (18,52%).
Em números totais, os pretos e pardos representam 40,51% da população do ABC, somando 1.092.341 pessoas, um percentual próximo ao cenário de São Paulo, que registra 40,94% da população como preta ou parda.
Por outro lado, a população branca forma a maioria na região do ABC, representando 58,27% da população, enquanto os indígenas representam apenas 0,1% da população, totalizando 2.761 pessoas. A população que se autodeclara amarela somou 29.888 pessoas, representando 1,11% dos moradores do ABC.
O Censo também apresentou dados relacionados à idade e ao sexo da população brasileira. De acordo com o levantamento, a presença de pardos cresceu em todos os grupos de idade pesquisados, enquanto a população branca teve redução em todas as faixas etárias. Além disso, o Censo revelou uma relação entre cor e sexo, com a população preta apresentando uma razão de 103,9 homens para cada 100 mulheres.
O Censo 2022 utiliza o conceito de raça como categoria socialmente construída na interação e não como conceito biológico. Segundo a pesquisa, a população indígena no recenseamento é composta por pessoas que se declaram indígenas no quesito de cor ou raça independentemente de viverem em terra indígena, assim como por pessoas que se consideram indígenas, mesmo se identificando com outra raça.
Os dados divulgados pelo IBGE promovem uma reflexão sobre a composição étnica da sociedade brasileira, destacando as mudanças demográficas e evidenciando a importância da representatividade de diferentes grupos raciais no país.
