Segundo Pacheco, Lula está planejando um grande evento para marcar um ano da invasão das sedes dos Três Poderes, com a presença das principais autoridades do país. O objetivo do ato simbólico no Legislativo é evitar que o ataque à democracia seja esquecido. Vale lembrar que, no ato golpista de 8 de janeiro do ano passado, extremistas defenderam um golpe militar com o objetivo de destituir o então presidente recém-eleito, Lula, que havia tomado posse uma semana antes, após vencer Jair Bolsonaro na eleição de 2022.
Durante um café da manhã com jornalistas na residência oficial do Senado, Pacheco revelou ter sido contactado por Lula e até brincou sobre o fato. “Fui devidamente intimado pelo presidente da República. Ele me falou ‘Pacheco, estou pensando em fazer um evento do 8 de janeiro. Passou um ano, a gente precisa não deixar esquecer isso’”, contou o senador. O parlamentar disse que, inicialmente, havia informado ao ex-presidente que não estaria em Brasília na data prevista, devido a uma viagem que faria com seu irmão. No entanto, Lula insistiu e até chegou a ligar para o irmão de Pacheco para garantir a presença do senador no evento.
Além disso, Pacheco também fez comentários bem-humorados sobre sua relação com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), revelando que são vizinhos e até compartilham um coelho de estimação, que se mudou da casa de Lira para as instalações do senador.
Por fim, o presidente do Senado demonstrou preocupação com a retirada das grades de proteção no dia 7 de janeiro, temendo possíveis manifestações no 8 de janeiro. Ele relatou que Lula cobrou também a presença do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, no evento, e minimizou as divergências que teve com Lira no início do ano referentes ao rito de tramitação das Medidas Provisórias, destacando a importância da independência entre os presidentes das Casas.