COP 28 – Dubai: Consenso e Controvérsias na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas e Financiamento para a Transição Energética

COP 28 – Dubai: Negociações climáticas em destaque

Na primeira quinzena de dezembro, a Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, COP 28, ocorreu em Dubai. Durante o evento, os representantes dos países membros da ONU trabalharam arduamente para chegar a um consenso em relação ao documento final, após muitas conversas e controvérsias.

A crise climática global foi reconhecida como algo sem precedentes, e a preocupação principal é o impacto nos países do sul global. A transição energética, abandonando os combustíveis fósseis e adotando fontes de energia renováveis, é vista como essencial para deter as mudanças climáticas.

No entanto, para que as discussões se tornem ação efetiva, é crucial que haja financiamento. Durante a COP 28, houve um sinal positivo quando os países desenvolvidos se comprometeram com o Fundo de Perdas e Danos. Os valores prometidos foram significativos, mas ainda distantes da meta de 100 bilhões de dólares por ano, estipulada para lidar com as consequências das mudanças climáticas nos países do sul global.

Em relação ao balanço global, onde os países avaliam o progresso em relação às metas do acordo de Paris, o texto inicial acolhia os posicionamentos das partes, mas, após críticas e atrasos, foi apresentada uma nova versão. Esta versão mais recente não incluía um compromisso claro com a eliminação gradual dos combustíveis fósseis, deixando a desejar segundo muitos grupos da sociedade civil.

Apesar das limitações do documento final, houve conquistas a serem celebradas, como propostas para aumentar a capacidade de energia renovável e para reduzir o consumo e produção de combustíveis fósseis. No entanto, permanece a incerteza sobre o comprometimento real dos países produtores de petróleo em realizar uma transição energética justa.

É evidente que as soluções para a crise climática não virão apenas das negociações em eventos como a COP 28. Enquanto os debates persistem, as consequências das mudanças climáticas já são amplamente sentidas, seja pelas pequenas ilhas insulares que lutam contra a elevação do nível do mar, pelas comunidades em áreas urbanas impactadas por alagamentos e ondas de calor, ou pelas comunidades indígenas defendendo a demarcação de suas terras.

É importante ressaltar que esse conteúdo é uma coluna de opinião, representando as ideias do autor, e não do veículo em que está sendo veiculado. Portanto, em meio às discussões sobre a urgência das ações climáticas, é essencial considerar as perspectivas dos diferentes atores afetados pelas mudanças climáticas e buscar soluções que abordem suas necessidades de forma justa e efetiva.

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