Senado aprova projeto que obriga empresas farmacêuticas a alertar sobre substâncias proibidas em medicamentos.

Um projeto que exige que as empresas farmacêuticas alertem sobre a presença de substâncias proibidas que possam caracterizar dopagem em seus medicamentos foi aprovado no Senado e aguarda sanção presidencial. O PLC 6/2017 foi apresentado pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) e teve como relatora a senadora Leila Barros (PDT-DF).

A proposta estabelece que medicamentos contendo substâncias proibidas pelo Código Mundial Antidopagem devem incluir alertas sobre essas substâncias nas bulas, rótulos e materiais de propaganda. Detalhes adicionais sobre como isso será implementado serão determinados em regulamentos elaborados pelas autoridades competentes.

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O objetivo do projeto é evitar casos de doping acidental, que pode resultar em punições injustas, especialmente para atletas. Segundo a senadora Leila Barros, a ingestão inadvertida de medicamentos proibidos é frequentemente causada pela falta de informação sobre o conteúdo das substâncias.

Ela destacou um incidente envolvendo a ginasta Daiane dos Santos, que foi suspensa de competições depois de usar inadvertidamente um medicamento diurético que continha uma substância proibida. A lista de substâncias proibidas está em constante atualização, o que torna o acompanhamento extremamente complexo.

O senador Carlos Portinho (PL-RJ), que também é advogado desportivo, acrescentou que casos comuns de dopagem envolvem o uso de medicamentos para dores de cabeça, resultando em punições injustas devido ao desconhecimento das substâncias proibidas.

O texto do PLC 6/2017 agora aguarda a decisão do presidente para se tornar lei. A medida visa promover a transparência e responsabilidade por parte das empresas farmacêuticas, garantindo que os consumidores estejam cientes dos riscos associados a certos medicamentos. Ao tornar obrigatória a inclusão de alertas sobre substâncias proibidas, a legislação busca proteger tanto atletas quanto pacientes comuns.

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