As imagens gravadas por câmeras mostram o momento em que a vítima é agredida por outra mulher, que também a insulta e tenta arrancar seu véu, usado como gesto de devoção a Deus na tradição islâmica. Além disso, moradores do condomínio se aproximam após o ocorrido, mas um dos homens agarrou a vítima, que ficou ferida.
O boletim de ocorrência registrou o episódio como crime de lesão corporal, mas a identidade dos agressores não foi informada pela vítima. Segundo o sheik Jalloul, a vítima acionou a Polícia Militar, mas foi orientada a registrar a ocorrência em uma delegacia.
O líder muçulmano afirmou que a comunidade islâmica tem sofrido mais violência desde o ataque organizado pelo grupo Hamas contra Israel. Esse aumento de hostilidade pode estar relacionado à associação entre muçulmanos e atos de terrorismo, intensificada desde os atentados de 11 de setembro de 2001.
A Secretaria da Segurança Pública confirmou que o caso foi registrado como lesão corporal pelo 4º DP de Mogi das Cruzes e que a vítima passou por atendimento médico. A pasta acrescentou que a vítima foi orientada quanto ao prazo para representação criminal.
Em entrevista, o sheik Jalloul destacou que o caso da mulher muçulmana não é isolado e que muitas pessoas têm relatado situações de violência e discriminação após o ataque do Hamas. Ele ressaltou a importância de enfrentar a islamofobia e promover o respeito à diversidade religiosa na sociedade.
O caso da agressão à mulher muçulmana em Jundiapeba é mais um exemplo da necessidade de conscientização e combate à discriminação religiosa, garantindo o pleno exercício da liberdade de crença e a proteção dos direitos humanos.