Juros Futuros fecham em leve queda na ponta longa e estáveis nos demais trechos, apesar da alta do dólar

Os juros futuros tiveram leve queda na ponta longa e ficaram estáveis nos demais trechos. A perspectiva para a política monetária permanece ajustada para novos cortes de 0,50 ponto percentual da Selic. Mesmo com a valorização do dólar, as longas cederam, com entrada de fluxo estimulada pelo recuo dos rendimentos dos Treasuries e melhora da percepção sobre os fundamentos domésticos. O rating do Brasil também aumentou, o que contribui para a melhoria da percepção sobre a economia do país.

Os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 encerraram em 10,065%, de 10,054% no dia anterior, e a taxa do DI para janeiro de 2026 em 9,63%, de 9,61% na mesma comparação. A taxa do DI para janeiro de 2027 caiu de 9,70% para 9,71% e a do DI para janeiro de 2029, de 10,14% para 10,12%.

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A performance da curva americana também influenciou os DIs, com o rendimento da T-note de dez anos abaixo dos 3,90%, refletindo as apostas no ciclo de cortes de juros pelo Federal Reserve em 2024. O presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, enfatizou que o Fed não cortará taxas em um futuro próximo, gerando impacto adicional no mercado financeiro.

Além disso, a evolução da pauta econômica no Congresso é um atrativo de fluxo para a renda fixa, aliviando os prêmios de risco. Hoje foi promulgada a reforma tributária, apontada como fator determinante para o upgrade na nota soberana. A força-tarefa dos parlamentares para concluir a agenda de votações antes do recesso também é bem recebida, demonstrando uma forte movimentação legislativa no fim do ano.

A economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, destacou que no começo de dezembro havia preocupações sobre a aprovação da pauta fiscal, mas no fim, tudo foi aprovado, mostrando uma agenda positiva no Legislativo e vitória do governo nos projetos de arrecadação.

Quanto aos indicadores econômicos, o IBC-Br de outubro recuou 0,06% na margem, menor do que o esperado. A arrecadação de novembro, de R$ 179,4 bilhões, veio praticamente em linha com o consenso de mercado, mas com queda de 0,4% em relação a novembro de 2022.

No geral, as notícias sobre a agenda econômica e a movimentação do Congresso têm gerado expectativas positivas e impactado os mercados, tanto internos quanto externos. A perspectiva é de continuidade no cenário de queda dos juros futuros e busca por oportunidades de investimento, em um contexto de confiança na recuperação econômica.

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