A gratuidade nos ônibus valeu durante todo o domingo, de 0h às 23h59, resultando em um incremento de 38% no número de passageiros nas regiões periféricas da cidade. No total, 4.800 ônibus da frota municipal, de 1.175 linhas, circularam pela metrópole.
As linhas que atendem pontos turísticos e de lazer, como o Sesc Itaquera, o Parque Ibirapuera e o Parque do Carmo, registraram um aumento na demanda. O prefeito Ricardo Nunes comemorou o sucesso do programa, destacando a possibilidade das pessoas aproveitarem ainda mais a cidade aos domingos.
No entanto, a estreia do programa não foi sem contratempos. Na madrugada de domingo, o prefeito embarcou em um ônibus no terminal Santo Amaro e se deparou com pessoas que não sabiam do programa, além de reclamações sobre demora e falta de ônibus.
Além disso, o lançamento do programa de tarifa zero coincide com a proximidade das eleições municipais em 2024, e Ricardo Nunes tentará a reeleição, o que levanta questionamentos sobre a motivação política por trás da iniciativa. Outra aposta do prefeito é a manutenção da tarifa dos ônibus em R$ 4,40 no próximo ano, em contraste com o anúncio do governo de que o preço da passagem de metrô e trens subirá de R$ 4,40 para R$ 5 a partir de 1º de janeiro.
A iniciativa da tarifa zero nos ônibus de São Paulo é uma medida que precisa ser acompanhada de perto, para verificar seu impacto na mobilidade urbana e na qualidade de vida da população. A prefeitura deve estar atenta às eventuais dificuldades e buscar soluções para garantir a eficiência e sustentabilidade do programa a longo prazo.