A ação ocorreu nesta segunda-feira, quando agentes da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente cumpriram 16 mandados de busca e apreensão nas residências dos estudantes, cujos nomes não foram divulgados. O delegado responsável pela operação, Marcus Vinícius Braga, afirmou que os dispositivos eletrônicos apreendidos passarão por perícia, na esperança de descobrir os autores das montagens e os alunos que compartilharam o material.
De acordo com a Polícia Civil, as imagens foram produzidas com inteligência artificial a partir de fotos reais das adolescentes, e mostram as jovens como se estivessem nuas. Ao menos 20 adolescentes teriam sido vítimas.
Os colégios envolvidos na investigação, Colégio Santo Agostinho e Escola Eleva da Barra da Tijuca, não responderam à reportagem até o momento da publicação deste texto. O inquérito foi aberto em novembro, após denúncia de pais e responsáveis de estudantes do Colégio Santo Agostinho. Na ocasião, a instituição havia divulgado uma nota afirmando que estava apurando os fatos e tomaria medidas disciplinares cabíveis em âmbito escolar.
A operação da Polícia Civil, batizada de Adolescência Artificial, contou com o apoio de equipes de delegacias do Departamento-Geral de Polícia Especializada e está sob sigilo. As investigações continuam em andamento e o caso continua a gerar polêmica na região.
Essa situação chama atenção para a importância de educar os jovens sobre o uso responsável da internet e das redes sociais, além de respeito à privacidade e consentimento. Medidas preventivas e educativas são essenciais para evitar que casos como este continuem a acontecer no ambiente escolar.
