No entanto, as provas apresentadas foram consideradas como imprestáveis pelo ministro Dias Toffoli em setembro, o que foi ressaltado por Edson Fachin, relator da denúncia, que votou pelo arquivamento da acusação. Cinco ministros acompanharam o relator, formando assim uma maioria – Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, Nunes Marques, Luís Roberto Barroso e Cármen Lúcia. O ministro Cristiano Zanin se declarou impedido de participar do julgamento devido à sua atuação em casos relacionados quando ele era advogado.
Ainda restam outros ministros que não se pronunciaram sobre o caso, mas têm até as 23h59 desta segunda-feira para votar. Vale ressaltar que o caso está sendo julgado no plenário virtual, possibilitando que os ministros votem de maneira remota.
A decisão da maioria dos ministros do STF em rejeitar a denúncia contra o senador Ciro Nogueira representa um desfecho importante para o político que vinha enfrentando essas acusações. A repercussão dessa decisão poderá impactar não apenas a carreira política de Nogueira, mas também a percepção da opinião pública sobre a atuação do STF em casos de corrupção e lavagem de dinheiro. A questão da credibilidade das provas apresentadas também levanta questionamentos sobre a eficácia dos acordos de leniência e os desdobramentos desse tipo de colaboração entre empresas e o poder público. Portanto, a decisão do STF vai além do destino do senador Nogueira e tem implicações mais amplas para o sistema judiciário e político do país.