Lula dá posse a novo procurador-geral da República e pede que ele trabalhe para a prevalência da verdade.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu posse, nesta segunda-feira (18), a Paulo Gonet como novo procurador-geral da República. Em seu discurso, Lula enfatizou a importância da independência do Ministério Público em relação às pressões políticas e da imprensa, pedindo que o procurador recém-empossado trabalhe para que a verdade prevaleça acima de qualquer outro interesse.

Durante a solenidade na sede da Procuradoria-Geral da República (PGR), em Brasília, Lula ressaltou a relevância do Ministério Público para a sociedade brasileira e para o processo democrático, fazendo um apelo para que o procurador não se submeta a nenhum outro poder, seja ele político ou midiático. O presidente também destacou a necessidade de mais critérios na escolha do chefe da PGR e manifestou seu respeito pela instituição, mas expressou o seu descontentamento com a atuação do órgão na Operação Lava Jato, ao dizer que havia perdido a confiança.

O ex-presidente, que foi investigado, condenado e preso no âmbito da operação, alertou para os perigos das acusações levianas, salientando que estas não fortalecem a democracia nem as instituições. Lula ainda fez um apelo para que o Ministério Público recupere a responsabilidade prevista na Constituição de garantir a liberdade, a democracia e a verdade.

Sobre o novo procurador-geral, Paulo Gonet é formado em Direito pela Universidade de Brasília (UnB), mestre em Direitos Humanos Internacionais pela Universidade de Essex, no Reino Unido, e doutor em Direito pela UnB. Membro do Ministério Público Federal desde 1987, ele já exerceu diversos cargos de destaque na instituição e é reconhecido como professor universitário e autor de publicações e artigos sobre temas do Direito. Gonet ocupou a vaga deixada por Augusto Aras, após indicação de Lula e aprovação pelo Senado, conforme previsto na Constituição.

Portanto, a posse de Paulo Gonet como procurador-geral da República foi marcada por discursos que ressaltaram a importância da independência do Ministério Público e levantaram questões sobre a atuação do órgão em processos recentes, como a Operação Lava Jato. O novo chefe da PGR, por sua vez, é reconhecido por sua trajetória acadêmica e profissional na área jurídica. Espera-se que sua atuação siga os princípios democráticos, jurídicos e éticos que ele tem demonstrado ao longo de sua carreira.

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