Justiça decreta prisão preventiva de major da PM de SP suspeito de importunação sexual e desacato em São Paulo.

Um caso chocante de importunação sexual ocorrido em São Paulo tem gerado grande repercussão nos últimos dias. Um major da reserva da Polícia Militar de São Paulo teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça após ser acusado de oferecer dinheiro para tocar as nádegas de uma comerciante e assediar sua filha de 18 anos. O oficial, identificado como Willians Wagner Ribeiro de Castro, 59 anos, também é suspeito de atos semelhantes anteriores.

De acordo com o relato da comerciante, Fabiana Cristina, o major teria oferecido R$ 100 para tocar suas nádegas e R$ 200 para apertá-las. Além disso, o major teria assediado a filha da vítima, fazendo comentários inapropriados e sugerindo que ela se casasse com seu filho, também capitão da PM. O episódio teria acontecido no comércio de Fabiana, localizado na cidade de Socorro, a 134 km da capital paulista.

A juíza Fernanda Yumi Furukawa Hata afirmou em sua decisão que o comportamento do acusado demonstra total desrespeito não só para com as vítimas, mas também para com o poder público. Segundo a juíza, o major age como se estivesse acima da lei.

Não é a primeira vez que o major é acusado de importunação sexual. Em agosto de 2022, ele teria ido ao estabelecimento da mesma comerciante e oferecido dinheiro em troca de relações sexuais, além de assediá-la e causar constrangimento. Na ocasião, uma vizinha também teria sido alvo dos comentários inapropriados do major. O Ministério Público denunciou o oficial por importunação sexual, ato libidinoso, injúria e desacato, e a juíza aceitou a denúncia, proibindo o réu de ter contato com as vítimas. Além disso, o major foi acusado de desacato por ofender os policiais que atenderam ao chamado da vítima.

As acusações recentes envolvendo o major o colocaram mais uma vez sob os holofotes. No final de novembro, o oficial teria retornado ao estabelecimento da comerciante, oferecendo dinheiro em troca da retirada da medida protetiva e ameaçando forjar uma prisão por tráfico de drogas. Diante do ocorrido, o promotor Leonardo Carvalho Bortolaço solicitou a prisão preventiva de Castro e a abertura de investigação contra os policiais que atenderam a ocorrência. A Polícia Civil e Militar empreenderam esforços para cumprir a ordem de prisão, mas o major não foi encontrado em sua residência.

O advogado do major afirmou que não poderia comentar o assunto devido ao sigilo do processo, mas ressaltou que seu cliente não está foragido e se encontra em casa, à disposição das autoridades. A reação do major diante das acusações é de negação e contestação, alegando que as acusações são infundadas e motivadas por uma suposta armação.

O caso tem gerado indignação e revolta na sociedade, reforçando a necessidade de conscientização e combate ao assédio e à violência contra as mulheres. A atuação das autoridades é fundamental para garantir que o acusado responda por seus atos e que a justiça seja feita. O desfecho desse caso será aguardado com grande expectativa pela população, que espera por uma punição justa e efetiva para o major acusado de importunação sexual.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo