De acordo com o relato da comerciante, Fabiana Cristina, o major teria oferecido R$ 100 para tocar suas nádegas e R$ 200 para apertá-las. Além disso, o major teria assediado a filha da vítima, fazendo comentários inapropriados e sugerindo que ela se casasse com seu filho, também capitão da PM. O episódio teria acontecido no comércio de Fabiana, localizado na cidade de Socorro, a 134 km da capital paulista.
A juíza Fernanda Yumi Furukawa Hata afirmou em sua decisão que o comportamento do acusado demonstra total desrespeito não só para com as vítimas, mas também para com o poder público. Segundo a juíza, o major age como se estivesse acima da lei.
Não é a primeira vez que o major é acusado de importunação sexual. Em agosto de 2022, ele teria ido ao estabelecimento da mesma comerciante e oferecido dinheiro em troca de relações sexuais, além de assediá-la e causar constrangimento. Na ocasião, uma vizinha também teria sido alvo dos comentários inapropriados do major. O Ministério Público denunciou o oficial por importunação sexual, ato libidinoso, injúria e desacato, e a juíza aceitou a denúncia, proibindo o réu de ter contato com as vítimas. Além disso, o major foi acusado de desacato por ofender os policiais que atenderam ao chamado da vítima.
As acusações recentes envolvendo o major o colocaram mais uma vez sob os holofotes. No final de novembro, o oficial teria retornado ao estabelecimento da comerciante, oferecendo dinheiro em troca da retirada da medida protetiva e ameaçando forjar uma prisão por tráfico de drogas. Diante do ocorrido, o promotor Leonardo Carvalho Bortolaço solicitou a prisão preventiva de Castro e a abertura de investigação contra os policiais que atenderam a ocorrência. A Polícia Civil e Militar empreenderam esforços para cumprir a ordem de prisão, mas o major não foi encontrado em sua residência.
O advogado do major afirmou que não poderia comentar o assunto devido ao sigilo do processo, mas ressaltou que seu cliente não está foragido e se encontra em casa, à disposição das autoridades. A reação do major diante das acusações é de negação e contestação, alegando que as acusações são infundadas e motivadas por uma suposta armação.
O caso tem gerado indignação e revolta na sociedade, reforçando a necessidade de conscientização e combate ao assédio e à violência contra as mulheres. A atuação das autoridades é fundamental para garantir que o acusado responda por seus atos e que a justiça seja feita. O desfecho desse caso será aguardado com grande expectativa pela população, que espera por uma punição justa e efetiva para o major acusado de importunação sexual.