Expectativa de inflação para 2023 recua mais uma vez e alcança 4,49% no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira.

Boletim Focus aponta projeção de inflação para 2023 e 2024

O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (18/12) trouxe novas projeções para a inflação deste ano e para os anos seguintes. Segundo o relatório, a expectativa para a inflação de 2023 passou de 4,51% para 4,49%, enquanto a projeção para 2024 se manteve em 3,93%. De acordo com o Boletim Focus, essas projeções mostram uma tendência de queda em relação às estimativas anteriores.

No entanto, apesar da redução nas projeções, as estimativas continuam acima do centro das metas para a inflação. Para 2023, a mediana está abaixo do teto da meta (4,75%), o que evita um possível estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo. Nas estimativas para os anos seguintes, as expectativas também se encontram dentro do intervalo estipulado e superam o alvo central de 3,0%.

O Comitê de Política Monetária (Copom) também divulgou projeções para o IPCA de 2024, prevendo uma queda para 3,5%, abaixo dos 3,6% da reunião anterior, realizada em novembro. Para 2025, a projeção se manteve em 3,2% no modelo. Já a projeção para 2023 foi atualizada de 4,7% para 4,6%, enquanto o colegiado reduziu a Selic pela quarta vez consecutiva em 0,50 pp, chegando a 11,75% ao ano.

Em relação à inflação suavizada, os economistas do mercado financeiro também alteraram suas projeções, passando de 3,91% para 3,90% nos próximos 12 meses. Essas atualizações refletem as expectativas dos analistas em relação à trajetória da inflação nos próximos anos.

Por fim, apesar do mercado estar atento às projeções da inflação de curto prazo, o Boletim Focus revelou que a mediana para dezembro passou de 0,45% para 0,43%, enquanto a previsão para o IPCA de janeiro de 2024 caiu de 0,40% para 0,39%. Esses números mostram uma leve queda nas expectativas de inflação para os próximos meses.

Em relação à política monetária, o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, destacou que uma maior autonomia requer maior prestação de contas, mas que a autoridade monetária não antecipa nenhuma mudança na política monetária em função da introdução da meta contínua de inflação. Ainda não há previsão para publicar o decreto que regulamenta a meta de inflação contínua, de acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

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