Com sete milhões de seguidores, Cariani afirmou que é uma vítima e que seu sucesso profissional incomodou outros empresários da área em que trabalha. Ele disse que não tem motivo para adiar o depoimento e que quer logo prestar esclarecimentos à PF.
De acordo com a PF, o influenciador abastecia uma rede criminosa de tráfico de drogas comandada por criminosos do PCC, como Fábio Spinola Mota. Cariani afirmou que conhecia Mota devido a uma loja automotiva e que não mantinha uma relação de intimidade com ele.
Sobre a transferência de R$ 75 mil para um cinegrafista, que por sua vez transferiu o mesmo valor para Mota, Cariani explicou que o dinheiro foi utilizado para a compra de um carro. Ele negou que o lojista se apresentasse como representante da multinacional farmacêutica AstraZeneca.
Cariani é suspeito de desviar produtos químicos para produção de crack e cocaína, justificando a saída dos produtos com notas fiscais falsas e depósitos em nome de laranjas, utilizando indevidamente o nome da AstraZeneca. No entanto, o influenciador nega as acusações e afirma que todas as notas fiscais apontadas pela investigação foram encontradas no mapa.
Durante a apuração, Cariani apresentou troca de mensagens com um suposto funcionário do laboratório, mas a análise telemática demonstrou que teria sido Mota quem havia registrado um domínio na internet em nome da AstraZeneca. Cariani negou as acusações, afirmando que não há um apontamento no inquérito que diga isso.
Ele ressaltou que há um padrão a ser cumprido para a venda de produtos químicos e que as notas fiscais apontadas pela investigação foram todas encontradas no mapa. O empresário ainda está na PF prestando depoimento e aguarda manifestação sobre o caso.
A repercussão do caso é grande devido ao alto número de seguidores de Cariani nas redes sociais e à gravidade das acusações feitas pela Polícia Federal. Os desdobramentos desse caso estão sendo aguardados por milhões de pessoas que acompanham o influenciador nas redes sociais e na mídia em geral.
