O episódio ocorreu no último sábado, no cruzamento da marginal Pinheiros com a avenida Interlagos, na zona sul de São Paulo. O deputado, que é filho do vereador e presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite, estava no carro com sua esposa no momento da tentativa de roubo.
A Folha solicitou uma entrevista com o deputado, porém seu assessor afirmou que Leite não quer mais falar sobre o assunto. Além disso, o assessor não soube informar desde quando o parlamentar possui o porte de arma.
Sabe-se que Leite está em seu terceiro mandato consecutivo e que o porte de arma a parlamentares é previsto em decreto federal publicado em 1997, sendo o registro expedido pela Polícia Federal. Esse porte federal permite o transporte irrestrito de armas.
Além disso, o deputado é integrante da Frente Parlamentar da Segurança Pública, conhecida como bancada da bala, na Câmara dos Deputados. Ele também foi relator de um projeto de lei que propõe reduzir a idade mínima para porte de 25 para 21 anos, entre outras flexibilizações em relação ao uso de armas no país.
O caso levanta discussões sobre a legislação de porte de armas no Brasil, principalmente diante da atuação do deputado na Frente Parlamentar da Segurança Pública e de sua participação na elaboração de projetos de lei relacionados ao tema. A situação também coloca em pauta a discussão sobre o uso de armas de fogo para legítima defesa e a repercussão de ações como a praticada por Alexandre Leite.