Deputado federal mata assaltante em tentativa de roubo em São Paulo usando porte de arma federal.

O deputado federal Alexandre Leite, do partido União Brasil, está envolvido em uma polêmica após matar um assaltante durante uma tentativa de roubo em São Paulo. De acordo com seu assessor de imprensa, Leite possui porte de arma federal por ser parlamentar e também tem registro de CAC (colecionador, atirador e caçador) devido à prática de tiro esportivo.

O episódio ocorreu no último sábado, no cruzamento da marginal Pinheiros com a avenida Interlagos, na zona sul de São Paulo. O deputado, que é filho do vereador e presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite, estava no carro com sua esposa no momento da tentativa de roubo.

A Folha solicitou uma entrevista com o deputado, porém seu assessor afirmou que Leite não quer mais falar sobre o assunto. Além disso, o assessor não soube informar desde quando o parlamentar possui o porte de arma.

Sabe-se que Leite está em seu terceiro mandato consecutivo e que o porte de arma a parlamentares é previsto em decreto federal publicado em 1997, sendo o registro expedido pela Polícia Federal. Esse porte federal permite o transporte irrestrito de armas.

Além disso, o deputado é integrante da Frente Parlamentar da Segurança Pública, conhecida como bancada da bala, na Câmara dos Deputados. Ele também foi relator de um projeto de lei que propõe reduzir a idade mínima para porte de 25 para 21 anos, entre outras flexibilizações em relação ao uso de armas no país.

O caso levanta discussões sobre a legislação de porte de armas no Brasil, principalmente diante da atuação do deputado na Frente Parlamentar da Segurança Pública e de sua participação na elaboração de projetos de lei relacionados ao tema. A situação também coloca em pauta a discussão sobre o uso de armas de fogo para legítima defesa e a repercussão de ações como a praticada por Alexandre Leite.

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