Bolsa Família é apontado como programa mais importante para economia brasileira, segundo pesquisa Febraban/Ipespe

O Bolsa Família, programa de transferência de renda lançado em 2003, foi apontado como o mais importante para a economia brasileira nas últimas décadas, de acordo com a 15ª edição da Pesquisa Observatório Febraban (Federação Brasileira de Bancos), realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe). A pesquisa foi realizada com uma amostra de três mil entrevistados, representativa da população brasileira, no período de 3 a 9 de dezembro, e tem margem de erro de 1,8 pontos percentuais para mais ou para menos.

O levantamento apontou que o Bolsa Família foi considerado o programa mais importante para a economia brasileira por 26% dos entrevistados, seguido pelo Plano Real, com 23%. Em seguida, aparecem a abertura da economia para o comércio internacional (15%), o Auxílio Emergencial (9%), a participação do Brasil no BRICS (5%), e a Lei de Responsabilidade Fiscal (3%).

Segundo o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe, “o Plano Real e o Bolsa Família são vistos como as duas principais marcas da economia brasileira na Nova República. O que significa que a estabilidade da moeda juntamente com as políticas sociais são ambas valorizadas como as mais relevantes alavancas do nosso desenvolvimento.”

O levantamento também mostrou diferenças relevantes entre os perfis dos entrevistados que optaram pelo Bolsa Família ou pelo Plano Real. O Bolsa Família foi mais mencionado entre mulheres (29%), na faixa de 18 a 24 anos (33%), entre aqueles que estudaram até o ensino fundamental (34%) e na faixa de renda até dois salários mínimos (35%). Por outro lado, o Plano Real teve maior destaque entre homens (26%), na faixa de 45 a 59 anos (29%), entre os que têm formação universitária (34%) e no segmento de renda acima de cinco salários mínimos (33%).

O Bolsa Família foi criado na primeira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, com o objetivo de combater a pobreza e facilitar o acesso das famílias a direitos básicos como saúde, educação e assistência social, enquanto o Plano Real foi lançado em 1994, no governo Itamar Franco, com o intuito de conter a hiperinflação no país.

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