Coxinha de queijo é eleita patrimônio imaterial de Jundiaí 40 anos após invenção

A icônica coxinha de queijo de Jundiaí, a 58 km de São Paulo, está sendo celebrada como patrimônio imaterial da cidade. A preferência do município do interior paulista pela coxinha de queijo acabou de vez com o estereótipo da coxinha de massa no ponto e frango bem temperado. Agora, a cidade se vangloria por sua tradicional coxinha recheada de queijo.

A coxinha de queijo de Jundiaí é muito mais do que um simples quitute. Ela carrega consigo uma história de inovação culinária e criatividade. A famosa iguaria foi criada há mais de 40 anos por José Carlos e Márcia Delbin, donos de uma casa de massas. Eles decidiram inovar fazendo a coxinha com queijo em vez de frango, e o sucesso foi imediato. A coxinha de queijo se popularizou tanto que até mesmo a concorrência na cidade começou a copiá-la.

Tamanha era a fama da coxinha de queijo que o Compac (Conselho Municipal do Patrimônio Cultural) aprovou por unanimidade, em 2018, o registro da iguaria como patrimônio imaterial de Jundiaí. Além disso, atualmente, a cidade realiza concursos anuais para eleger a melhor coxinha de queijo.

José Carlos e Márcia Delbin, que criaram a coxinha de queijo, têm uma história encantadora. Eles se conheceram em um curso de direito em Espírito Santo do Pinhal, a 189 km de São Paulo, onde decidiram se casar. A família se mudou para Jundiaí, onde José Carlos arrumou emprego em uma empresa de planos de saúde, e juntos abriram a Casa de Massas Padroeira.

A qualidade das massas e maioneses produzidas por José Carlos e Márcia foi tão surpreendente que costumavam formar filas aos domingos antes do almoço. Com uma personalidade simpática, José Carlos chamava as pessoas pelo apelido para manter a cumplicidade e, se preciso, vendia fiado. Ele também era conhecido por gostar de comandar a churrasqueira de casa e por suas habilidades culinárias, tanto que seu filho o apelidou de “rei da massa”.

Infelizmente, José Carlos Delbin faleceu no último dia 2, aos 76 anos, um ano depois de ter fechado a casa de massas. Ele deixou a esposa, os filhos, netos, bisnetos e, é claro, o legado da famosa coxinha de queijo de Jundiaí. Sua morte representou uma perda para a comunidade, que se uniu para celebrar a vida e o legado desse visionário da gastronomia local.

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