O acidente ocorreu por volta das 20h entre as estações Comendador Ermelino e São Miguel Paulista, mobilizando equipes do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar para o resgate e apoio aos feridos. As pessoas que estavam nos trilhos foram retiradas após cerca de uma hora, enquanto o sistema operou com velocidade reduzida.
A briga que culminou no acionamento do botão de emergência foi entre dois amigos que viajavam no trem, os quais foram conduzidos ao 63º DP (Vila Jacuí) para informar os detalhes do ocorrido à polícia. Segundo o relato dos envolvidos, a confusão começou após um deles sentar em um assento preferencial, o que desagradou uma senhora que estava acompanhada de dois rapazes, originando a discussão.
De acordo com um funcionário da CPTM, a discussão resultou em uma confusão generalizada dentro do vagão, culminando na abertura forçada das portas por pessoas ainda não identificadas. O maquinista alertou o centro de controle sobre a situação, mas não houve tempo para evitar que o trem circulasse no sentido oposto atingindo o passageiro fatalmente.
A CPTM lamentou o ocorrido e assegurou que não tolera qualquer tipo de violência nos trens e estações. A companhia afirmou que irá colaborar com a investigação policial, inclusive fornecendo imagens gravadas no interior do trem. O caso foi registrado como morte acidental e perigo de desastre ferroviário pela Polícia Civil, com pena prevista de até cinco anos de prisão.
A investigação está a cargo do 22º DP (São Miguel Paulista) e, apesar de os responsáveis pela abertura das portas ainda não terem sido identificados, o boletim de ocorrência destaca a importância de identificá-los e puni-los, ressaltando que a situação poderia ter vitimado de modo fatal não apenas um, mas dezenas de passageiros. Este incidente levanta questões sobre a segurança e conduta dentro dos trens e a importância de prevenir situações que coloquem em risco a vida dos passageiros.