Desconcentração econômica: 11 municípios detinham quase um quarto da economia brasileira em 2021, aponta IBGE.

Os números do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios brasileiros revelam uma concentração de riqueza em pouquíssimas localidades. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que apenas 11 municípios detinham quase um quarto (24,4%) da economia brasileira em 2021. Os maiores geradores de riqueza foram São Paulo, que representou 9,2% do PIB, seguido por Rio de Janeiro (4,0%), Brasília (3,2%), Belo Horizonte (1,2%), Manaus (1,1%) e outras cidades importantes. A concentração de atividades de serviços presenciais nas capitais as deixou mais vulneráveis às medidas restritivas de isolamento da pandemia de covid-19, resultando em uma queda nominal na atividade econômica entre 2019 e 2020.

Essa concentração econômica prejudicou as capitais e os centros urbanos, que sofreram uma redução relativa de sua importância no PIB nacional. As capitais responderam por apenas 27,6% do PIB em 2021, uma redução significativa em comparação com os 36,1% que representavam em 2002. Além disso, as tendências de redução relativa da importância econômica dos grandes centros urbanos foram mantidas em 2021. As duas maiores concentrações urbanas do país, Rio de Janeiro e São Paulo, tiveram uma queda em sua participação no PIB nacional, apontando para uma desconcentração econômica municipal identificada ao longo da série histórica.

Enquanto os 25 municípios mais ricos do Brasil representavam 33,0% do PIB nacional em 2021, os 1.306 municípios com economias menores detiveram apenas 1% do PIB do país, mas respondiam por 3,1% da população brasileira. A indústria extrativa, como a extração de petróleo e gás, foi um dos principais fatores que impulsionaram o ganho de participação no PIB de alguns municípios. Enquanto isso, a perda de participação no PIB foi impulsionada por atividades de serviços, incluindo atividades financeiras, administração pública e atividades profissionais científicas e técnicas.

Esses números refletem a realidade da economia brasileira, destacando a necessidade de políticas que promovam uma distribuição mais equitativa da riqueza entre os municípios, a fim de reduzir as disparidades regionais e promover um desenvolvimento mais equilibrado em todo o país.

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