Com a derrubada do veto, volta a valer na lei o trecho que define as “terras indígenas tradicionalmente ocupadas” apenas como aquelas “habitadas e utilizadas” pelos indígenas para suas atividades produtivas na data da promulgação da Constituição. Esta foi uma decisão amplamente discutida e que gerou grande polêmica, especialmente entre os representantes dos povos indígenas e os ruralistas.
Os representantes indígenas criticaram o veto inicial, alegando que a medida prejudicaria a demarcação de terras já ocupadas e historicamente utilizadas pelos povos originários. Já os ruralistas apoiaram o veto, argumentando que a demarcação de terras indígenas poderia prejudicar a produção agropecuária e causar prejuízos à economia do país.
A derrubada do veto representa uma vitória para os povos indígenas, que vinham realizando manifestações e pressionando as autoridades para que a medida fosse revista. Agora, com a reversão do veto, os indígenas esperam que a demarcação de suas terras seja feita de acordo com suas necessidades e reivindicações, garantindo assim a preservação de seu modo de vida e de suas tradições.
No entanto, a decisão não foi bem recebida por alguns setores da sociedade que temem os impactos que a demarcação de terras indígenas poderá ter sobre a economia e a produção agropecuária. A discussão em torno desse tema promete continuar gerando debates acalorados e posicionamentos divergentes, à medida que a questão da demarcação de terras indígenas permanece sendo um ponto sensível e de grande relevância para o país.
Em resumo, a derrubada do veto ao marco temporal para demarcação das terras indígenas representa um desfecho importante para uma questão que vinha sendo amplamente discutida e que gera polarização de opiniões. A decisão final abre caminho para que as demarcações ocorram conforme as demandas e necessidades dos povos indígenas, ao mesmo tempo em que gera preocupações e incertezas para outros setores da sociedade.