Prefeitura de Belo Horizonte recusa emenda de R$ 18 milhões para maternidade de partos humanizados na capital.

Prefeitura de Belo Horizonte recusa emenda parlamentar para construção de maternidade

A Prefeitura de Belo Horizonte recusou uma emenda parlamentar no valor de R$ 18 milhões, oferecida pela deputada federal Duda Salabert (PDT), para concluir a construção de uma maternidade especializada em partos humanizados na capital. A negativa foi anunciada pela parlamentar após se reunir com o prefeito, Fuad Noman (PSD), para tratar sobre a proposta.

Segundo a gestão municipal, a recusa se deve a estudos realizados pela secretaria municipal de saúde desde 2018, que concluíram a inviabilidade da construção de um Centro de Parto Normal no local citado pela deputada, devido à falta de suporte de CTI (Centro de Terapia Intensiva) para partos e nascimentos com complicações.

O projeto de construção da maternidade, batizada de Leonina Leonor Ribeiro, teve início em 2009, mas sem entrar em funcionamento. Vereadores que visitaram o local em 2021 afirmaram que obras realizadas pela prefeitura estavam descaracterizando o imóvel, enquanto a deputada Duda ressaltou que a proposta era não apenas aumentar os leitos de maternidade em Belo Horizonte, mas qualificar esses leitos com a proposta de parto humanizado.

A médica Sônia Lansky, do SUS (Sistema Único de Saúde), que participou do projeto de criação da maternidade, contestou a justificativa da prefeitura de que não há suporte de CTI no local, alegando que unidades de saúde como a Leonina Leonor não precisam desse tipo de centro, pois realizam partos de baixo risco e contam com estrutura de retaguarda para atendimento ao bebê e à mãe.

A Prefeitura justificou que, para implantar o CTI, o investimento necessário seria superior ao disponibilizado pela parlamentar, e ressaltou o interesse no recurso para aperfeiçoar a estrutura do Centro de Atendimento à Mulher, que já funciona no endereço.

Dessa forma, a recusa da Prefeitura de Belo Horizonte em aceitar a emenda parlamentar para a conclusão e abertura da maternidade especializada em partos humanizados na capital gerou controvérsias e debates sobre a viabilidade e necessidade do suporte de CTI no local. A decisão da gestão municipal provocou questionamentos por parte da deputada e de médicos que participaram do projeto, evidenciando a importância do tema para a sociedade e as gestantes da região norte da cidade.

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