Polícia Federal cumpre mandados de busca em investigação de ataque hacker ao perfil da primeira-dama Janja Silva na rede social X.

Nesta quinta-feira (14), a Polícia Federal (PF) cumpriu dois mandados de busca e apreensão no Distrito Federal no âmbito do inquérito policial que investiga o ataque hacker ao perfil da primeira-dama, Janja Silva, na antiga rede social conhecida como Twitter. Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Essa ação da PF vem logo após o cumprimento de quatro mandados em Minas Gerais na última terça-feira (12). Segundo a PF, durante as investigações foi descoberto que os envolvidos também tinham perfis e postagens na plataforma Discord, participando de grupos que trocavam mensagens misóginas e extremistas.

A conta de Janja, @JanjaLula, foi invadida na noite de segunda-feira (11) e os invasores publicaram mensagens ofensivas e com xingamentos. A primeira-dama considerou que as publicações mostram a realidade da misoginia e do machismo presentes no país. Ela relatou em uma publicação em outra rede social que as mulheres são as que mais sofrem com os ataques de ódio nas redes, muitas vezes resultando em agressões físicas e feminicídios.

Além disso, a Advocacia-Geral de União (AGU) enviou uma notificação extrajudicial à rede social X, solicitando providências à empresa. Essa ação vem no contexto da Operação X1, que investiga não apenas o caso da primeira-dama, mas também crimes praticados na internet, incluindo postagens ofensivas contra autoridades públicas federais.

A primeira-dama ressaltou a importância de enfrentar o problema dos ataques de ódio nas redes sociais, destacando que milhares de mulheres perdem ou até tiram a própria vida a partir de ataques como o que ela sofreu. Ela enfatizou a necessidade de um posicionamento mais firme das empresas de redes sociais e das autoridades para proteger as vítimas de ataques misóginos e machistas online.

Diante desse contexto, as investigações da PF continuam no sentido de identificar e responsabilizar os envolvidos no ataque hacker ao perfil da primeira-dama, bem como coibir a prática de crimes de ódio e misoginia nas redes sociais. Essa é uma questão que demanda atenção e ação por parte das autoridades e das empresas responsáveis pelas plataformas digitais.

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