O processo de devolução dos fósseis, feito pelo governo francês, marca o desfecho de um caso que teve início em 2013, quando os bens contrabandeados foram apreendidos durante uma inspeção de rotina realizada por funcionários da Alfândega francesa. As peças estavam em um contêiner que saiu do Brasil em direção à França, e o material contrabandeado incluía 650 placas de Formação Crato com fósseis de crustáceos, insetos e plantas, além de 348 nódulos de animais fossilizados em cobertura de argila.
Após a apreensão, os fósseis passaram por perícias em museus da França, que confirmaram a origem e autenticidade do material, antes de serem oficialmente repatriados.
Esses fósseis, que incluem restos de pterossauros, peixes, plantas, insetos e outras espécies de animais, foram retirados ilegalmente da bacia que corta a Chapada do Araripe, no Cariri cearense. Algumas peças estão em perfeito estado de conservação dos tecidos, o que as torna de grande valor científico.
Agora, o conjunto de fósseis será integrado ao acervo do Museu de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri, em Santana do Cariri. Além disso, essas peças serão exibidas em exposições itinerantes, representando uma oportunidade para que o público em geral possa aprender mais sobre a riqueza paleontológica da região.
A repatriação e a integração desses fósseis ao acervo do museu representam um importante passo na preservação e divulgação do patrimônio paleontológico do Ceará, contribuindo para o avanço do conhecimento científico e para a promoção da educação e cultura no estado. A secretária Sandra Monteiro destacou a importância desse retorno e ressaltou o valor histórico, científico e cultural que essas peças representam para o estado e para o país.