Essa medida tem como objetivo estimular o mercado imobiliário a erguer milhões de metros quadrados em prédios comerciais e residenciais no eixo do rio Tamanduateí, abrangendo bairros como Cambuci, Mooca, Ipiranga e Vila Prudente, localizados nas regiões central, sul e leste da capital. Essas áreas, que foram berço da industrialização paulistana, atualmente possuem muitos galpões industriais e terrenos vazios, o que torna a região propícia para intervenções urbanas.
Além disso, o projeto também prevê uma série de obras para melhorar a infraestrutura viária e urbanística, com investimentos estimados em R$ 2,5 bilhões. Essas intervenções estão alinhadas com o Plano Diretor municipal, que estabelece como a cidade deverá crescer e visa oferecer estímulos para o setor privado construir e ocupar áreas da cidade com potencial para receber mais infraestrutura, como prédios de escritórios e unidades residenciais para diferentes perfis de renda.
No entanto, vale ressaltar que esse modelo de intervenção urbana também gera preocupações por parte de urbanistas e associações de bairros, que apontam possíveis efeitos colaterais negativos, como aumento dos preços dos imóveis e aluguéis, concentração de investimentos públicos em áreas específicas da cidade, alteração do modo de vida dos moradores e aumento do trânsito de veículos.
Um exemplo citado é a região da avenida Brigadeiro Faria Lima, na zona oeste paulista, que foi alvo de uma operação urbana iniciada há três décadas e que promoveu grande transformação, concentrando hoje escritórios de grandes empresas de tecnologia e do mercado financeiro.
Portanto, a aprovação desse projeto representa um marco para o desenvolvimento urbano da região do rio Tamanduateí, porém os impactos e desafios são aspectos que devem ser considerados e acompanhados de perto.