Projeto que visa proibir corridas de cavalos do Jockey Club de São Paulo é adiado na Câmara Municipal.

O projeto que visa proibir as corridas de cavalos realizadas pelo Jockey Club de São Paulo foi retirado da pauta de votações da Câmara Municipal de São Paulo nesta quarta-feira (13). De acordo com o vereador Xexéu Tripoli (PSDB), autor da proposta, o adiamento visa incluir laudos sobre os prejuízos causados pelas competições aos animais, visando fortalecer os argumentos contra os maus tratos.

“Recebemos contribuições de veterinários que são contra as corridas. Quero deixar o projeto mais embasado, ele está, mas é importante ter isso”, afirmou o vereador. O projeto foi aprovado em uma das duas votações necessárias e precisa passar pelo segundo turno antes de ser encaminhado para a sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB) para se tornar lei.

Segundo Tripoli, o apoio do presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União), indica uma possível concordância dos vereadores para aprovar o projeto no início do próximo ano. Leite foi responsável por incluir na revisão do Plano Diretor um artigo que transforma em parque o terreno de quase 600 mil metros quadrados onde funciona o hipódromo da Cidade Jardim desde 1941, na zona oeste paulistana.

A criação do parque possibilita que a prefeitura declare a utilidade pública do imóvel. De acordo com o presidente da Câmara, o local seria tomado pelo município como pagamento da dívida de R$ 400 milhões em IPTU e de R$ 240 milhões de ISS. A prefeitura, no entanto, não confirmou o plano, e o Jockey questiona a dívida na Justiça.

O hipódromo, considerado um vazio urbano que desvaloriza as redondezas, se transformaria em uma Zepam (zona especial de preservação ambiental onde não se pode construir) caso a área seja completamente transformada em parque, inviabilizando futuras construções civis. Há especulações sobre a possibilidade de construção de edifícios de alto padrão na área nobre da cidade, mas as regras de zoneamento atuais impedem a verticalização na via.

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