Renato Cariani é sócio da empresa Anidrol, que foi uma das empresas alvo dos mandados de busca e apreensão. Segundo a investigação, a Anidrol emitia notas fiscais falsas em nome de grandes farmacêuticas, relatando a venda de produtos químicos usados na produção e adulteração de cocaína e crack, desviando 12 toneladas de produtos químicos em um período de seis anos.
O esquema funcionava com pessoas se passando por funcionários de grandes farmacêuticas e depositando valores em espécie para a Anidrol, que por sua vez transferia valores semelhantes para uma empresa do ramo automobilístico, servindo para a lavagem de dinheiro, de acordo com a polícia.
O delegado Fabrizio Galli, chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF, afirmou em entrevista que as investigações demonstram que os sócios tinham pleno conhecimento dos desvios de produtos químicos. Renato Cariani é atleta e empresário do ramo fitness, com mais de 7 milhões de seguidores no Instagram.
A reportagem tentou contatar o influenciador, mas não obteve resposta. Cariani se pronunciou através de vídeos publicados no Instagram, afirmando que a Anidrol tem mais de 40 anos e opera com todas as licenças necessárias. Segundo a Polícia Federal, os suspeitos podem responder pelos crimes de tráfico equiparado, associação para fins de tráfico e lavagem de dinheiro, com penas que podem ultrapassar 35 anos de prisão.
