Nesta terça-feira (12), o presidente Lula se reuniu no Palácio do Planalto com os principais atores políticos envolvidos nos conflitos. Estiveram presentes também o ministro Renan Filho, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, e o governador de Alagoas, Paulo Dantas, além de parlamentares. O encontro, apesar de tenso, não teve sobressaltos, porém a avaliação é de que uma trégua ainda está longe de ser alcançada.
Lula teria pedido para diminuir a tensão e serenar os ânimos, colocando-se como uma pessoa capaz de mediar o conflito e resolver problemas da população de Maceió. O presidente ainda ressaltou a importância de buscar unidade neste momento, respeitando os posicionamentos políticos de cada um.
Após a reunião, o ministro Rui Costa da Casa Civil afirmou que o encontro serviu para deixar as disputas políticas de lado e colocar em primeiro lugar a situação da população. Ele também ressaltou que o presidente Lula está buscando uma solução como líder político, sempre preocupado em não trazer os problemas para a União.
Apesar dos esforços do governo federal em ajudar, os envolvidos no conflito não sinalizam por uma trégua. E há uma leitura de que a crise é anterior ao desabamento da mina da Braskem e que dificilmente o governo federal poderá paralisar iniciativas dos dois lados.
A instalação da CPI da Braskem está prevista para esta quarta-feira (13), o que pode tumultuar a agenda do governo no Senado. Os temores são de que a disputa entre os importantes grupos políticos de Lira e Renan possa contaminar a pauta do governo federal.
A crise na capital alagoana vem provocando um embate entre o governo do petista e o grupo político do presidente da Câmara. E apesar do temor de desagradar o presidente da Câmara, que controla a pauta da Casa, Lira, o governo também está preocupado com a possível contaminação da pauta do governo federal.
Os esforços do presidente Lula em buscar a trégua entre os grupos políticos adversários em Alagoas mostram uma preocupação em manter a estabilidade política no estado e evitar que as desavenças locais afetem a agenda do governo federal. A situação continua sendo observada de perto, com a instalação da CPI da Braskem sendo um potencial complicador para os interesses do governo no Senado.