Além disso, houve um declínio de 6,5% no número de recusas familiares para a doação de órgãos em comparação com o ano anterior. Isso contribuiu para um aumento significativo no número de doadores, alcançando o maior número dos últimos três anos. A Secretaria de Saúde atribui esse sucesso a campanhas de conscientização sobre a importância da doação de órgãos, que impactaram positivamente os índices de transplantes.
O coordenador da Central de Transplantes, Francisco de Assis Monteiro, enfatizou a importância do consentimento das famílias para a doação e o esforço das equipes envolvidas nos processos de doação e transplantes. Ele celebrou o fato de que o aumento no número de doadores efetivos resultou em mais vidas salvas e uma melhor qualidade de vida para os pacientes que aguardavam na lista de espera.
Apesar do progresso, 21,8 mil pessoas ainda aguardam por um órgão em São Paulo, sendo a maior necessidade a doação de rins e córneas. Em média, 37,6% das famílias consultadas recusaram a doação, o que impede a realização dos procedimentos, pois a doação de órgãos deve ser consentida e autorizada por familiares de até o segundo grau de parentesco.
Até novembro, foram realizados 126 transplantes de coração, 601 de fígado, 2,5 mil de rim, e 4,8 mil de córnea, além de transplantes de pulmão e pâncreas. Os procedimentos hepáticos tiveram o maior crescimento, com um aumento de 19,9%, seguido pelo crescimento em transplantes cardíacos, que registraram alta de 17,8% em relação ao mesmo período de 2022.
A Central de Transplantes segue normas estabelecidas por lei para identificar os possíveis receptores para cada órgão de um doador, considerando a tipagem sanguínea, dados antropométricos, compatibilidade genética e priorização para pacientes em estado grave. Quanto aos pacientes que necessitam do transplante, cabe à equipe de transplante a sua inscrição junto ao Sistema Estadual de Transplantes de São Paulo.
Uma campanha lançada pelo Governo de São Paulo, chamada #SouDoador, surgiu com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de se tornar um doador de órgãos e estimular conversas familiares sobre o tema. Lançada em setembro, a campanha já alcançou quase 800 mil pessoas nas redes sociais, durante o mês dedicado à conscientização sobre o tema, conhecido como Setembro Verde.
