O IECV é calculado a partir da média ponderada de três subíndices: crimes letais (homicídio e latrocínio), crimes contra a dignidade sexual (estupro) e crimes contra o patrimônio (roubo – outros, roubo de veículo e roubo de carga). E as análises incluem todos os municípios do estado de São Paulo com pelo menos 50 mil habitantes.
Os dados apontam um aumento do IECV para 8,61 em 2022 para todos os municípios paulistas com mais de 50 mil habitantes, em comparação com a média de 7,57 em 2021. Nas 10 cidades com os piores índices, como Peruíbe, Caraguatatuba, Mongaguá e Cruzeiro, a média subiu de 14,2 em 2021 para 15,4 em 2022. Esses dados mostram que os crimes de natureza sexual aumentaram, sendo que 77% das vítimas de estupro são crianças e adolescentes até 14 anos.
O pesquisador do Instituto Sou da Paz, Rafael Rocha, destaca que é necessário um esforço conjunto das secretarias municipais de Segurança Pública, dos gestores municipais, dos prefeitos e das câmaras de vereadores para enfrentar essas questões. Além disso, ele ressaltou que a segurança pública não é apenas uma questão do Estado, mas também envolve as áreas da Saúde e Educação, especialmente no caso dos estupros.
Em relação aos números do IECV no litoral paulista, a pesquisa aponta que Ubatuba, Itanhaém e Bertioga se juntaram a outras cidades que tiveram uma piora em seus índices. No entanto, algumas cidades, como Guarujá, São Vicente, Cubatão e Santos, conseguiram melhorar suas posições.
O relatório do Instituto Sou da Paz evidencia que é preciso um esforço conjunto das autoridades para lidar com a questão da segurança pública e combater os crimes de natureza sexual, principalmente o estupro, que tem se mostrado um desafio persistente em muitos municípios do estado de São Paulo.
