Essa iniciativa deverá ser implementada como fase de testes ainda neste ano, mas ainda não está claro como funcionará na prática e qual será o custo dessa medida. Há dúvidas sobre se a entrada será liberada gratuitamente ou se será necessário adquirir a passagem com antecedência.
Essa possibilidade de tarifa zero vem sendo debatida há algum tempo pela gestão de Nunes, porém enfrentava oposição do governo estadual, com o governador Tarcísio de Freitas sendo contrário a esse modelo. Enquanto isso, Freitas articula um reajuste no preço da passagem, congelada em R$ 4,40 desde janeiro de 2020.
A capital paulista funciona sob o regime de integração, com a prefeitura pagando subsídio às empresas de ônibus e o governo estadual custeando os gastos com o metrô e trens. Existe um acordo para que os três modais tenham o mesmo valor de tarifa.
No entanto, há receios de que a tarifa zero nos ônibus aos domingos faça com que os usuários migrem desse modal, deixando de lado os outros modais, que continuarão a cobrar tarifa nesse dia.
Essa medida de tarifa zero é uma das principais apostas de Nunes para buscar a reeleição no próximo ano. Ele defende o projeto como forma de reaquecer o transporte público, que viu uma queda na demanda de usuários durante a pandemia da Covid-19 e o movimento ainda não retorna ao patamar de 2019.
Durante a pandemia, o valor pago pela prefeitura como subsídio para as empresas de ônibus aumentou consideravelmente, o que torna essa medida ainda mais relevante.
No final de novembro, a Câmara dos Vereadores aprovou uma reserva de R$ 500 milhões para o executivo custear o transporte coletivo gratuito no próximo ano. Além disso, um relatório foi entregue sugerindo a gratuidade em linhas que atendem a periferia da cidade, mas isso ainda não foi definido até o momento.
Portanto, essa medida de gratuidade aos domingos será aguardada com grande expectativa pela população e poderá ter um impacto significativo no cenário político da cidade, principalmente em relação à reeleição de Ricardo Nunes.